Primeiro gostaria de esclarecer que este texto não esgota o
assunto sobre: Mulheres que amam demais. Trata-se de um tema vasto, complexo e
doloroso. No entanto, sinceramente espero que ele seja uma contribuição para o
seu processo de auto cura e autoconhecimento. Fique comigo até o final, te
desejo uma excelente leitura.
Na minha experiência de consultório percebo que também
existem homens que amam demais (não estou generalizando dizendo que somente as
mulheres amam demais), entretanto em minha amostragem este tipo de situação é bem
mais recorrente em mulheres do que em homens. Lembrando que a mulher que ama
demais pode ser heterossexual ou homossexual, embora eu me refira a
relacionamentos heterossexuais no texto.
Amar demais não significa amar homens demais, se apaixonar
vezes demais ou ter um amor genuíno profundo demais por outra pessoa. Na verdade,
significa ser obcecada por um homem e chamar essa obsessão de amor,
permitindo-lhe controlar suas emoções e grande parte de seus comportamentos,
percebendo que isso influi negativamente em sua saúde e seu bem-estar e ainda
assim se vendo incapaz de desistir. Significa medir o grau do amor pela
profundidade do tormento.
Dentre todos os possíveis parceiros que as mulheres que amam
demais encontram, quais são as pistas que as levam para os homens com quem
podem realizar a dança (trauma/bloqueio) que conhecem tão bem da infância? E
como elas reagem (ou não) quando encontram um homem com um comportamento mais
saudável, menos carente, imaturo ou abusivo do que aquele a que estão
acostumadas, e cuja dança não se sincroniza tão bem com a dela?
O importante não é tanto o parceiro escolhido ser igual à
mãe ou ao pai, mas sim o fato de podermos reproduzir o clima conhecido da infância
e usar as mesmas manobras que já praticamos tanto. É isso que, para a maioria
de nós, representa o amor.
Nós nos sentimos à vontade, confortáveis e
estranhamente “bem” com a pessoa com quem podemos ter todos os nossos
comportamentos e sentimentos familiares. Mesmo se os comportamentos nunca deram
certo e os sentimentos são desconfortáveis, são o que conhecemos melhor. Temos
aquela sensação especial de pertencer ao homem que nos permite dançar os passos
que já conhecemos. É com ele que decidimos fazer um relacionamento dar certo.
Conforme for lendo o texto note se você se percebe como uma
mulher que ama demais.
Quanto maior a dor na infância, maior o impulso de reencenar
e superar essa dor na idade adulta. Se uma criança pequena sofreu algum tipo de
trauma, esse trauma surgirá e ressurgirá em suas brincadeiras até fazer algum
sentido e ela finalmente superar essa dor na idade adulta. Na imensa maioria
dos casos uma mulher que ama demais não consegue sair sozinha desta situação, o
será essencial é buscar ajuda externa/terapêutica.
Como mulheres que amam demais, fazemos a mesma coisa: reencenamos
e reexperimentamos relacionamentos infelizes em uma tentativa de torna-los controláveis
e dominá-los.
Em todas as mulheres que amam demais há dois fatores
operando: (1) a compatibilidade dos tipos fechaduras e chave dos padrões
familiares dela com os dele; e (2) o impulso de recriar e superar os padrões
dolorosos do passado (infância).
E quando esses relacionamentos começam, por que é tão difícil
rompê-los, desistir do parceiro que arrasta você para todos os passos dessa
dança destrutiva? Um princípio básico é que, quanto mais difícil é terminar um
relacionamento ruim, mais elementos do conflito da infância ele contém.
Seria difícil exagerar a carga emocional que esse tipo de
relacionamento representa para uma mulher envolvida. Quando ela tenta se
desligar do homem que tanto ama, é como se milhares de volts de dolorosa
energia passassem pelos seus nervos e os destroçassem. O antigo vazio surge ao
seu redor, puxando-a para baixo, para o lugar onde seu pavor infantil de ficar
só ainda vive, e ela tem certeza de que se afogará na dor.
Também é o motivo pelo qual, quando surgem homens em nossa
vida interessados em nosso bem-estar, nossa felicidade e satisfação, geralmente
não nos interessamos por eles.
Eu gravei um vídeo no meu canal no YouTube sobre este tema
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ver por lá.
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Agora se você está vivendo uma situação dolorosa e se
identificou como uma mulher que ama demais e deseja iniciar um processo terapêutico
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Bibliografia utilizada no Texto: Mulheres que amam demais.
Autora Robin Norwood. Editora Bicicleta Amarela Rocco.
Grande abraço.
Adriana Mantana.
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