Por Adriana Mantana
A chamada síndrome do ninho vazio é uma condição caracterizada pelo surgimento de um
quadro depressivo por parte dos pais (afetando geralmente a mãe) após a saída
dos filhos de casa, a partir do
momento em que eles se tornam independentes, partindo para outra moradia.
Me casei cedo e fui mãe muito
jovem, aos 16 anos para ser mais específica.Parece que foi hoje, o dia do nascimento do meu filho.
Me lembro de ficar um pouco assustada, com o fato de ter metade do meu coração batendo fora de mim.
Me recordo da pequena mão do Gabriel, segurando a minha, algumas horas após o parto.
Ver meu filho crescer foi um privilégio inenarrável, pois foram dias de muito aprendizado para mim.
Quando volto para refletir sobre tudo, posso dizer uma coisa, fácil não foi claro.
Afinal só quem já passou por uma maternidade em tão pouca idade sabe o que quero dizer.
No entanto, este fato não me impediu de avançar na estrada da vida, muito pelo contrário.
Meu filho hoje tem 18 anos.
E escolhi escrever sobre ele, pois esta semana ele foi morar com o pai por motivo de estudos.
Chegar em casa e não vê-lo, foi muito diferente.
Esta experiência está servindo para compreender, o que já sabia, que os nossos filhos não são nossos, pois mais cedo ou mais tarde os filhos partem.
Trabalhar a questão do desapego é fundamental, pois caso contrário o sofrimento é insuportável.
Tenho muito orgulho do homem que ele se tornou.
Mas mesmo assim é preciso deixar ir, abençoar a partida e compreender que cada um constrói um caminho próprio.
As mães precisam sim ter vida própria, caso contrário fica muito complicado incentivar o crescimento dos filhos.
Falarei sobre como o coaching poderá ajudar nestas e em outras questões, voltada para o sucesso e força, em uma palestra gratuita nesta quarta-feira no Espaço Terapêutico Renascer Saúde, a partir das 19:00 horas.
Sempre estudei, trabalhei e busquei meios para prover nosso lar.
Meus filhos, sempre estiveram presentes e sabem o quanto valorizo o crescimento, o aprendizado contínuo, família e auto realização.
Sempre souberam e sabem o quanto amo os dois, pois faço questão de dizer isto todos os dias.
Eu sabia já em 1996 que este dia chegaria um dia.
Ontem entrei no quarto dele e o abençoei a distância.
Sei que será o melhor neste momento.
E por amar demais o deixo livre.
Ser mãe é uma dádiva maravilhosa, pois nunca deixaremos de ser. Não existe ex-mãe ou ex-filho, somos unidos para sempre.
Um amor incondicional, forte, doce e presente mesmo à distância.
Ser mãe é dar colo quando necessário.
Ser mãe é falar, vá com Deus meu filho.
Ser mãe é ser co-criadora da vida.
Sou grata por estar com meus filhos.
O grande x é não esperar um momento de partida para valorizar o que se “tem”, pois a única coisa que temos de verdade é o agora, nada mais do que isto.
Viver na presença, sem se lastimar pelo passado ou ansiar por um futuro.
Tudo já está acontecendo.
O importante é estar bem interiormente.
Pois nossos filhos percebem a paz, o equilíbrio e o amor em nós, sem dizermos uma palavra, isto é o exemplo.
Para educarmos melhor nossos filhos, precisamos começar dentro de nós, com a auto educação, só assim, seremos seres e pais melhores.
Não é o presente e a viagem que conta.
O que realmente conta é o amor, a presença, a serenidade de simplesmente ser a pessoa que ama, que abençoa e compreende que cada um tem um caminho próprio e que definitivamente os filhos não são nossos.
Eu amo muito você meu filho.
Abraço de urso.
Adriana Mantana
Proprietária da empresa i9.com Treinamento & Coaching.
Master Coach e Trainer. Email: adriana.mantana@i9treinamentoecoaching.com Site: www.i9treinamentoecoaching.com
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