"A natureza da Mulher Selvagem nas mulheres é a da mãe da vida e da morte em sua forma mais antiga. Como gira nesses ciclos constantes, eu a chamo de mãe da vida-morte.
Se algo está perdido, é a ela que devemos recorrer, com quem devemos falar, a quem devemos prestar atenção. Seus conselhos psíquicos são às vezes ásperos ou difíceis de pôr em prática, mas sempre têm a capacidade de transformar e de restaurar. Portanto, quando algo está perdido, precisamos procurar a velha que sempre vive na pelve esquecida.
Ela vive ali, meio dentro e meio fora do fogo criador.
É um lugar perfeito para a mulher morar, bem ao lado dos huevos férteis, seus óvulos, suas sementes femininas. Ali tanto as idéias minúsculas quanto as mais importantes estão esperando que nossa mente e nossos atos as manifestem.
Essa velha La Loba é a quintessência da mulher de dois milhões de anos. Ela é a Mulher Selvagem original que vive debaixo da terra e, no entanto, sobre o seu solo. Ela vive dentro de nós e nos transcende; nós somos cercadas por ela. Os desertos, os bosques e a terra debaixo das nossas casas têm pelo menos dois milhões de anos." - Clarissa Pinkola Estés (Mulheres que Correm com os Lobos)
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