O corpo pode ser simbolicamente considerado, o caminho da liberdade ou da prisão.
Quando digo que quem rejeita o corpo, rejeita a mãe, o feminino e a vida, estou querendo dizer exatamente isto. Sei que em um primeiro momento, pode parecer uma frase pesada. Mas acredite ela é real.
Como posso afirmar isto?
Por minha vivência pessoal, nos estudos, nas pesquisas e nos atendimentos que faço há muito tempo, no consultório.
Biologicamente a mãe é a responsável por gestar o embrião, em outras palavras, tem uma representação simbólica de um forno biológico.
Imagine a seguinte cena:
“São 16 horas de um domingo ensolarado, e você sente uma imensa vontade, de comer um bolo de chocolate, no café da tarde. No entanto, está com preguiça de sair para comprar o bendito bolo. O que você pensa? Vou fazer um bolo, pois tenho todos os ingredientes.
Na boa fé, você une todos os ingredientes e coloca em uma forma.
Qual último passo, para você saborear este delicioso bolo de chocolate?
Colocar todos os ingredientes na forma, e depois no forno, aguardar o tempo necessário, e voalá.
Será um domingo alegre, com o seu bolo de chocolate e um fumegante cafezinho da tarde.
O quero dizer com isto?
Que a mãe é a responsável, por dar o formato e a sustentação física para o corpo.
Quando uma pessoa me procura, chateada com o corpo, e com os resultados de sua vida, imediatamente pergunto sobre a relação com a mãe.
Em alguns casos, a pessoa pode até afirmar, que a relação é boa.
Mas por experiência prática e teórica, sei que existe alguma mágoa, que não foi vista, limpa, elaborada e integrada.
Pois muitas vezes, algo que é muito doloroso, é evitado pela maioria das pessoas, justamente porque não é nada confortável trabalhar as dores emocionais.
O fato é que a pessoa pode até tentar suprimir, fazer outras coisas para não pensar nisto, no entanto, ela continuará tendo os sintomas físicos e emocionais, por esta questão interna com a mãe, não resolvida.
Normalmente o que acontece?
A pessoa anestesia o próprio corpo de forma inconsciente, pode apresentar compulsão alimentar, ou não.
Tem a libido diminuída, reprime em si a sexualidade, o prazer, a alegria e espontaneidade.
O corpo é um templo que representa o sentir, o pulsar. Mas a pessoa se torna muito mental, objetiva e pragmática. Em outras palavras cética. Não confia na vida, no sentir, no pulsar e vive no piloto automático. Como se a vida fosse isto.
Mas a vida é muito mais do que isto, ela não tem controle. Teoricamente, você já pode até saber disto, não é mesmo!? Agora na prática as coisas podem mudar de figura.
A vida é feminina.
Como assim Adriana?
Olhe para a Terra. Se você coloca uma semente no solo (útero) ela germina, pois o solo é naturalmente fértil. Obviamente alguns, precisam de adubo e tratamento, para gerar a vida. Como acontece nos tratamentos de fertilização in vitro.
Quando a pessoa olha para a ferida primordial com a mãe, limpa, elaborar e integra, ela passa ter uma relação completamente diferente com o corpo. Se alimentar corretamente e fazer atividade física, deixa de ser um tormento, e passa a ser uma coisa completamente natural e prazerosa.
Hoje indústria de emagrecimento ganha milhões, com este mercado fitness. Justamente porque há uma grande ferida. E muitas pessoas até podem começar atividade física, mas param de ir até academia por “preguiça” e/ou “procrastinação”.
Será que realmente é isto? Preguiça e procrastinação? Ou uma dor muito antiga não trabalhada com a mãe.
O emagrecimento ou ganho de massa, para quem se considera muito magra, passa a ser um processo óbvio e natural depois de realmente ir até a causa.
É necessário inverter o processo, primeiro o mental e emocional, para só depois ir para a atividade física e reeducação alimentar. Pois estes últimos se tornam uma consequência natural dos primeiros.
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Cuide-se com amor!
Grande abraço.
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Adriana Mantana
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