Autoconfiança é um “músculo” emocional.
Normalmente uma pessoa percebe que não a possui, quando se encontra em momentos desafiantes. E neste caso a insegurança bate à porta, com força total e o pânico é instalado.
Seja na vida afetiva, profissional ou familiar a pessoa se sente frágil e em muitos casos diminuída, perante a situação ou problema que vive no momento.
Em casos assim, as feridas antigas emergem.
Feridas que foram causadas por algum tipo de trauma ou um passado mal resolvido.
Por isto é perigoso tentar fugir de um luto ou uma questão interna dolorosa, com a célebre frase: O tempo cura tudo, vida que segue.
Gostaria de ressaltar que não tenho nada contra uma pessoa seguir o fluxo da vida, desde que se sinta bem com ela mesma. No entanto muitas vezes quando alguém pensa assim, se enche de trabalho, relações etc. para fugir da real dor. E, portanto, isto não é resolvido, mais sim adiado, para ser visto, limpo, integrado e elaborado no futuro.
O grande problema é que na imensa maioria dos casos, quando algo toca nesta questão pendente, a pessoa passa por uma dificuldade dupla, a do presente e a do passado que não foi elaborado.
Não sei se você conhece alguém com a idade mais avançada, que se encontra amarga e triste. Existem algumas que inclusive infelizmente dizem: Agora, só estou esperando a morte chegar!
Se você pergunta para ela, se ela conseguiu perdoar o seu passado e as pessoas que a machucaram, algumas podem até dizer: Claro que eu perdoei fulano. Mas logo em seguida, começa a criticar e falar mal desta mesma pessoa.
E para quem está do lado de fora, fica claro e transparente, que ela de fato não perdoou aquela pessoa.
Em outras palavras, algumas pessoas passam uma vida inteira amarguradas, porque não conseguiram olhar para suas questões internas. E isto envolve: ver, limpar, integrar e elaborar.
Uma situação que pode ter acontecido quando ela tinha 10 anos de idade, e que gerou profunda vergonha, insegurança e mal-estar, pode acompanhar toda a trajetória de vida desta pessoa.
Isto infelizmente é mais comum do que se pensa.
Um gatilho emocional pode ser ativado no ambiente de trabalho, na vida afetiva, familiar e na vida pessoal.
Em um dado momento, algum revés traz uma mudança inesperada na vida da pessoa e ela é convidada para olhar a dor atual e a do passado.
Muitas vezes a insegurança de hoje, possui raízes fincadas em um passado mal resolvido. E a insegurança é precursora da baixa autoconfiança, tão necessária para a pessoa ter uma boa qualidade de vida, em todas as áreas da vida.
A falta de autoconfiança é especialmente nociva nas relações afetivas, onde a pessoa pode desenvolver um excesso de ciúme, obsessões emocionais, vício pelo outro, neuroses, controles e em casos ainda mais graves psicoses.
Tudo que começa pequeno e se não for visto, limpo e elaborado, tem a probabilidade de se tornar grande.
E um relacionamento que tinha um potencial positivo para dar certo, acaba porque algo dentro da pessoa, traz uma série de transtornos e autossabotagem para a relação.
São aqueles casos em que a pessoa se sente tão insegura e sem autoconfiança, que quer saber tudo o que a pessoa faz. Liga, passa mensagem, desconfia de tudo e tem muito medo de ser abandonada e/ou traída.
Você pode até conhecer alguém assim, e perceber o quanto esta pessoa sofre. Porque muitas inclusive dizem que isto é maior do que elas.
E neste caso elas acabam fazendo determinadas coisas, e que não conseguem se controlar, para evitar que isto ocorra.
Isto acontece porque um complexo ativado de forma negativa, literalmente toma a pessoa e ela acaba fazendo coisas que normalmente não faria. Não preciso nem dizer que isto causa uma péssima qualidade de vida, e em muitos casos somatizações físicas de diferentes ordens.
O fato é que não adianta tentar seguir com a vida, sem olhar as pendências internas, pois este movimento de olhar e se auto curar, garante uma melhor longevidade, paz, saúde, amor e prosperidade. Ou seja, uma vida serena e equilibrada, e uma relação afetiva mais significativa e saudável, sem aqueles altos e baixos dolorosos.
A boa notícia é que é possível trabalhar rumo à solução desta questão tão dolorosa, para quem é acometido por ela.
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Adriana Mantana
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