quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

A ferida primordial da mulher


 


Há milhares de anos a mulher era muito respeitada, amada e sacralizada, eram tempos antigos do neolítico. As mulheres eram protegidas pois eles sabiam que elas representavam a vida. Eles viam com os próprios olhos a geração de um novo ser, através das mulheres.

Com o tempo houve uma invasão dos bárbaros, povos primitivos, que violentaram as mulheres e as dessacralizaram. E toda a reverência que aqueles povos nutriam pelas mulheres, aos poucos foi se extinguindo.

A história de fato é longa, não vou entrar nos detalhes posteriores, no entanto vale a pena estudar sobre a antropologia e a arqueologia para compreender um pouco mais sobre isto.

Iniciei este texto com estes fatos históricos para entrar no assunto da ferida primordial da mulher, esta ferida começou exatamente neste ponto.

Esta sensação de inadequação, insegurança e falta de autoconfiança, sentida no íntimo de cada mulher, se correlaciona diretamente a estes fatos históricos.

Jung o denominou de inconsciente coletivo. Ou seja, todas as mulheres sofrem este impacto até hoje.

Cada mulher tem a sua própria jornada, dores, vitórias, lágrimas, sorrisos e tudo isto mora no inconsciente pessoal.

Então somos a somatória do inconsciente pessoal, mais o inconsciente coletivo. Estou falando de forma sucinta para chegar mais rápido na ferida lacerante que habita em seu ser.

O acaso não existe, somos uma construção da sociedade. Nascemos em um ambiente que já foi cunhado anteriormente, algo que dormita dizendo que ser mulher não é tão relevante assim. Infelizmente nossas mães, avós e bisavós também passaram por isto.

O corpo da mulher foi associado ao pecado, ao impuro, por conta do mito do Jardim do Éden.

A Eva persuadiu Adão a comer do fruto proibido. Novamente não vou esmiuçar sobre este mito, mas vale a pena se aprofundar sobre este tema.

Desde então as mulheres foram banidas e seus corpos foram taxados como pecaminosos.

No entanto, temos o fato de que no passado há 35.000 anos atrás as mulheres eram sacralizadas e compreendiam sobre os fluxos da natureza. Eram consideradas deusas e extremamente respeitadas.

A mulher tem um poder muito grande sobre o meio externo e interno. Infelizmente isto está adormecido, mas está prestes a despertar.

Pois temos a intuição, que de acordo com Jung trata-se de algo que surge de ímpeto na psique humana. Um norteador fortíssimo de direção.

Nas mulheres isto é ainda mais presente, biologicamente falando, devido ao fato dela gestar e se conectar com o fluxo direto da vida. Ou seja, ela sabe o que o bebê precisa instintivamente.

Tem um filme antigo: A lagoa azul. Nele duas crianças foram parar em uma ilha, pois houve um naufrágio. Um casal de crianças. Cresceram e se relacionaram. Tiveram um bebê e instintivamente ela soube dar à luz e amamentar. Isto mora no inconsciente coletivo, ou memória do campo quântico se preferir.

Durante o ciclo menstrual todas as mulheres vivenciam as dores de todas as ancestrais, quer saiba do inconsciente coletivo ou não.

Avalie interiormente, o Brasil foi colonizado e não é segredo para ninguém que eles tomavam as escravas a força, o estupro era “natural”.

Esta emoção do desrespeito ainda pulsa em nós.

Por isto quando uma dor pessoal bate em nossa porta, ela não vem sozinha, pois como eu disse somos a junção do inconsciente coletivo e do inconsciente pessoal.

A ferida primordial da mulher mora em seu corpo, nas agressões emocionais, mentais e físicas.

A ferida primordial vive na falta de auto aceitação e sensação constante de inadequação e ansiedade.

Ao violentar um corpo, uma emoção ou uma mente, isto reverbera em absolutamente tudo. Afinal não somos uma coisa só, temos vários aspectos e faces em uma mesma mulher.

Oscilamos e somos cíclicas, a falta de compreensão em relação a isto gera ainda mais dor e tristeza.

É preciso adentrar nas águas profundas da emoção, afinal quando uma mulher se cura, ela cura toda a sua linhagem.

Observe a sua relação com o seu corpo, isto não começou agora. Esta falta de aceitação do corpo, a rejeição de como você é. A verdade é que isto foi implantado, não é natural. Afinal como se sentiram as nossas ancestrais que foram violentadas, abusadas e humilhadas? Este sentimento permeia todas nós, não está no passado, muito pelo contrário ele pulsa vivo, todas as vezes que olhamos no espelho e nos depreciamos.

 

A boa notícia é que podemos trabalhar dentro de nós estas questões pessoais e coletivas, afinal é o primeiro passo que dá início ao autoconhecimento e auto cura.

 

É chegada a hora de despertar. Despertar o feminino e curar esta ferida primordial, para termos mais leveza e tranquilidade em todos os aspectos de nossas vidas. Caso contrário, vamos continuar tapando literalmente o sol com a peneira. Isto não funciona, porque é necessário que nossas raízes sejam curadas, ressignificadas e limpas, não existe atalho. Se não fizermos isto continuaremos com este desconforto contínuo no coração de inadequação, rejeição, insegurança, ansiedade e medo.

 

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Cuide-se com amor!

 

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Abraços.

 

Adriana Mantana.

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