quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

O lado sombrio da falta de autoconfiança e as suas consequências.



 A falta de autoconfiança é relatada pela maioria de minhas clientes no consultório na primeira sessão. Na sequência falam sobre a carência, baixa autoestima e insegurança.

Normalmente elas não se dão conta, mas existe um ponto central, algo que aconteceu no passado, que foi o gatilho central para perpetuar todas estas sensações nocivas.

Uma situação, pessoa ou até um evento no passado.

Na imensa maioria das vezes na infância, ou até mesmo no primeiro relacionamento na adolescência.

O fato é que depois do ocorrido, um caminho neuronal foi construído, e todas as vezes em que se toca neste ponto, a sensação de baixa autoestima, falta de confiança em si e a carência, emergem com um grande ímpeto.

O que causa extremo desconforto, pois são tomadas por atitudes que elas mesmas desaprovam depois.

Como por exemplo, agir por impulso e terminar uma relação. Ou brigar fortemente com algum ente querido. E na sequência após voltar ao estado normal de consciência, se sente culpada e com vergonha de si.

Note que se trata de um ciclo vicioso, por conta de um trauma no passado que ficou registrado negativamente, este quando ativado, faz a mulher se transformar complemente por um momento.

Jung nos fala em sua literatura sobre as sombras psicológicas e os complexos, ou seja, algo que ficou reprimido e não trabalhado, que está no inconsciente. No entanto quando existe um contágio psíquico (quando algo acontece e ativa este ponto na psique), a pessoa é totalmente tomada e faz coisas que normalmente não faria.

Todo ser humano possui o lado luz (consciência) e o lado sombrio (inconsciência).

Existe o fator dual, ou seja, se algo estiver na consciência, a outra contraparte ficará no inconsciente.

Para ficar mais claro, uma pessoa vive a sua rotina (consciência), quando algo fora do seu dia a dia acontece, ela pode ser tomada (inconsciência) por uma falta de autoconfiança, se sentindo mal, carente e insegura.

É preciso reconhecer, elaborar e integrar a sombra psicológica, para que haja o equilíbrio.

A falta deste equilíbrio, acarreta a ausência da confiança, insegurança, ansiedade, excesso de expectativa e carência.

Quando o movimento de integração da sombra e feito. A mulher se sente bem sendo ela e todas as suas relações apresentam melhoria.

Enquanto isto não for feito, ela não conseguirá ter serenidade para fluir na vida.

E como eu disse no início do texto, o trauma, bloqueio ou desconforto que gerou este caminho neuronal negativo, precisa ser sanado. Ao sanar isto através de um tratamento terapêutico, esta mulher conseguirá integrar as sombras e consequentemente ter melhores resultados em sua vida diária.

A ausência de amor-próprio não acontece por acaso, isto foi uma construção. E se foi construído, por ser descontruído.

Lembrando que primeiro é necessário passar por esta desconstrução, para que na sequência haja uma construção mais leve e feliz.

O lado sombrio não pode ser ignorado, pois se isto acontecer a pessoa pode ser tomada por algo indesejado de sua própria psique. Isto sem dúvida alguma é algo sério e que necessita de tratativa, para que a pessoa tenha mais qualidade de vida em conjunto com a sua família.

Se ligarmos a televisão em qualquer noticiário veremos que alguém foi tomado, por algo e cometeu algo extremamente nocivo. Na psicologia profunda, nós dizemos que a pessoa foi tomada por algum complexo e cometeu tal ato.

Isto não impede da pessoa arcar com todos os efeitos legais, o que digo aqui e que estou respaldada pela literatura Junguiana é que a pessoa foi acometida por algo que reprimiu durante muito tempo, não olhou para sombras psicológicas e tudo aquilo emergiu. Por isto inclusive disse que se trata de algo perigoso, olhar para si e se conhecer é fundamental para viver em paz na família e na sociedade.

Se você chegou até aqui na leitura quero te parabenizar e deixar alguns caminhos, caso queira trabalhar e integrar o seu lado sombrio.

 

Infelizmente não existe atalho para este tipo de procedimento ele precisa ser feito para que exista uma melhora de fato.

 

Eu gravei uma meditação no meu canal do YouTube de Meditação de Limpeza e Centramento. Esta meditação pode atuar em sua psique trazendo calma, serenidade e ancoragem para você no dia a dia. Sugiro que ouça para serenar a mente, caso queira ouvir CLIQUE AQUI aproveite e se inscreva no canal, será maravilhoso ver você por lá também.

 

Fiz um treinamento com 8 vídeo-aulas, com exercícios terapêuticos e um caminho com início, meio e fim sobre Cure a sua vida afetiva. Para ter acesso a este material CLIQUE AQUI O relacionamento afetivo possui muitas sombras psicológicas

 

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Grande abraço.

 

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Adriana Mantana

 

 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

A ferida primordial da mulher


 


Há milhares de anos a mulher era muito respeitada, amada e sacralizada, eram tempos antigos do neolítico. As mulheres eram protegidas pois eles sabiam que elas representavam a vida. Eles viam com os próprios olhos a geração de um novo ser, através das mulheres.

Com o tempo houve uma invasão dos bárbaros, povos primitivos, que violentaram as mulheres e as dessacralizaram. E toda a reverência que aqueles povos nutriam pelas mulheres, aos poucos foi se extinguindo.

A história de fato é longa, não vou entrar nos detalhes posteriores, no entanto vale a pena estudar sobre a antropologia e a arqueologia para compreender um pouco mais sobre isto.

Iniciei este texto com estes fatos históricos para entrar no assunto da ferida primordial da mulher, esta ferida começou exatamente neste ponto.

Esta sensação de inadequação, insegurança e falta de autoconfiança, sentida no íntimo de cada mulher, se correlaciona diretamente a estes fatos históricos.

Jung o denominou de inconsciente coletivo. Ou seja, todas as mulheres sofrem este impacto até hoje.

Cada mulher tem a sua própria jornada, dores, vitórias, lágrimas, sorrisos e tudo isto mora no inconsciente pessoal.

Então somos a somatória do inconsciente pessoal, mais o inconsciente coletivo. Estou falando de forma sucinta para chegar mais rápido na ferida lacerante que habita em seu ser.

O acaso não existe, somos uma construção da sociedade. Nascemos em um ambiente que já foi cunhado anteriormente, algo que dormita dizendo que ser mulher não é tão relevante assim. Infelizmente nossas mães, avós e bisavós também passaram por isto.

O corpo da mulher foi associado ao pecado, ao impuro, por conta do mito do Jardim do Éden.

A Eva persuadiu Adão a comer do fruto proibido. Novamente não vou esmiuçar sobre este mito, mas vale a pena se aprofundar sobre este tema.

Desde então as mulheres foram banidas e seus corpos foram taxados como pecaminosos.

No entanto, temos o fato de que no passado há 35.000 anos atrás as mulheres eram sacralizadas e compreendiam sobre os fluxos da natureza. Eram consideradas deusas e extremamente respeitadas.

A mulher tem um poder muito grande sobre o meio externo e interno. Infelizmente isto está adormecido, mas está prestes a despertar.

Pois temos a intuição, que de acordo com Jung trata-se de algo que surge de ímpeto na psique humana. Um norteador fortíssimo de direção.

Nas mulheres isto é ainda mais presente, biologicamente falando, devido ao fato dela gestar e se conectar com o fluxo direto da vida. Ou seja, ela sabe o que o bebê precisa instintivamente.

Tem um filme antigo: A lagoa azul. Nele duas crianças foram parar em uma ilha, pois houve um naufrágio. Um casal de crianças. Cresceram e se relacionaram. Tiveram um bebê e instintivamente ela soube dar à luz e amamentar. Isto mora no inconsciente coletivo, ou memória do campo quântico se preferir.

Durante o ciclo menstrual todas as mulheres vivenciam as dores de todas as ancestrais, quer saiba do inconsciente coletivo ou não.

Avalie interiormente, o Brasil foi colonizado e não é segredo para ninguém que eles tomavam as escravas a força, o estupro era “natural”.

Esta emoção do desrespeito ainda pulsa em nós.

Por isto quando uma dor pessoal bate em nossa porta, ela não vem sozinha, pois como eu disse somos a junção do inconsciente coletivo e do inconsciente pessoal.

A ferida primordial da mulher mora em seu corpo, nas agressões emocionais, mentais e físicas.

A ferida primordial vive na falta de auto aceitação e sensação constante de inadequação e ansiedade.

Ao violentar um corpo, uma emoção ou uma mente, isto reverbera em absolutamente tudo. Afinal não somos uma coisa só, temos vários aspectos e faces em uma mesma mulher.

Oscilamos e somos cíclicas, a falta de compreensão em relação a isto gera ainda mais dor e tristeza.

É preciso adentrar nas águas profundas da emoção, afinal quando uma mulher se cura, ela cura toda a sua linhagem.

Observe a sua relação com o seu corpo, isto não começou agora. Esta falta de aceitação do corpo, a rejeição de como você é. A verdade é que isto foi implantado, não é natural. Afinal como se sentiram as nossas ancestrais que foram violentadas, abusadas e humilhadas? Este sentimento permeia todas nós, não está no passado, muito pelo contrário ele pulsa vivo, todas as vezes que olhamos no espelho e nos depreciamos.

 

A boa notícia é que podemos trabalhar dentro de nós estas questões pessoais e coletivas, afinal é o primeiro passo que dá início ao autoconhecimento e auto cura.

 

É chegada a hora de despertar. Despertar o feminino e curar esta ferida primordial, para termos mais leveza e tranquilidade em todos os aspectos de nossas vidas. Caso contrário, vamos continuar tapando literalmente o sol com a peneira. Isto não funciona, porque é necessário que nossas raízes sejam curadas, ressignificadas e limpas, não existe atalho. Se não fizermos isto continuaremos com este desconforto contínuo no coração de inadequação, rejeição, insegurança, ansiedade e medo.

 

Pensando em contribuir com mais mulheres fiz uma meditação de limpeza e centramento no meu canal do YouTube, para acessar CLIQUE AQUI aproveite e se inscreva vou adorar te ver por lá também.

 

 

Em 2016 criei a Escola de Mulheres, um lugar para refazimento, autoconhecimento e autocura, para maiores informações e inscrições CLIQUE AQUI

 

 

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Cuide-se com amor!

 

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Abraços.

 

Adriana Mantana.

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