A vida a dois pode se transformar em um verdadeiro tormento se você tem uma mulher ferida dentro de você.
A relação afetiva trás mensagens, que estavam submersas durante um longo tempo.
Estas mensagens são gravadas dentro do ventre da mãe. Se a sua mãe teve uma gestação conturbada, preocupação, medo, ansiedade e insegurança isto invariavelmente foi absorvido por você em algum nível.
Existem alguns casos relatados por minhas clientes, que a mãe foi traída durante a gestação e elas sentiam pavor de serem traídas e não sabiam o motivo.
Hoje a ciência comprova que o bebê sente o que a mãe sente.
O tempo passa e a mulher não tem consciência destas mensagens gravadas em seu inconsciente. Muitas vezes a mãe nem fala para a filha, no entanto no inconsciente isto ficou registrado.
Quando adulta os sintomas aparecem na vida a dois desta mulher, dentre várias patologias emocionais vou citar algumas:
Medo do abandono,
Medo da rejeição,
Disfunção sexual (falta de libido),
Dificuldade em aceitar o próprio corpo,
Medo da traição,
Ciúme excessivo.
Estes são somente alguns, no entanto a sintomatologia é imensa.
Quando a situação fica insustentável na maioria dos casos a mulher busca ajuda. Falo a maioria porque alguns homens, também já entraram em contato para agendar sessão de atendimento comigo.
Tentar resolver uma dor que a causa não está na superfície, invariavelmente leva ao fracasso, se isto não for trabalhado com a profundidade que isto requer, pois a ferida é primal e profunda.
A mulher ferida não consegue se entregar, muitas vezes ou ama demais e recebe pouco, ou não consegue nem dar e muito menos receber amor.
Uma certa autossuficiência impede que esta mulher receba de forma natural, o amor do parceiro.
Ela sente falta, mas não consegue se abrir verdadeiramente por conta da ferida interna.
Esta ferida incomoda profundamente, então ela reage ou sendo fria e autoritária, ou adota um comportamento tristonho e carente. Claro isto acontece na maioria dos casos, no entanto, pode ocorrer uma variação, pois cada caso é um caso.
As mulheres tendem a repetir o padrão da mãe, imitando de forma inconsciente, ou rejeitando complemente. Neste caso migram para a polaridade oposta. Sendo que de um jeito ou de outro, o mecanismo de defesa do EGO está ativado para não entrar em contato com a dor primordial.
Existem situações em que a mulher se recorda de episódios dolorosos em sua infância, e não conseguem se libertar sem ajuda. Ela tende a atrair parceiros semelhantes ao pai, ou seja, repete-se o padrão.
Isto é muito recorrente nos movimentos de constelação familiar, em que esta repetição é vista e sentida, mas enquanto não acontece um movimento rumo ao amor e a solução, a situação persiste.
Muitas vezes as mulheres migram de um relacionamento para o outro, imaginando que encontrarão alguém que finalmente as farão felizes. Mas isto é frustrante porque isto não ocorre.
Ela entra no looping negativo afetivo e não consegue se sentir confortável em sua vida a dois.
Quando o limite na relação a dois é alcançado, ou seja, tanto a mulher quanto o homem, estão paralisados em seus traumas e bloqueios, as brigas começam. Algumas são verbais, outras físicas. Em alguns casos o álcool está presente, juntamente com episódios recorrentes de traições.
Neste ponto a ferida que estava com um tamanho razoável, passa a ficar bem maior. Esta ferida vai aumentando com cada briga, discussão, episódios de violência e traição.
Se esta mulher não parar para ver o padrão de recorrência que está inserida, ela não conseguirá se realizar de forma alguma em sua vida afetiva. Fora os outros inúmeros transtornos, que isto pode acarretar outras áreas da sua vida.
Isto gera uma frustração imensa e em alguns casos, esta mulher passa a comer compulsivamente para ter um certo conforto. A comida neste ponto passa a ser um pilar de amparo emocional.
No entanto, como disse acima a ferida não diminui, pois a causa não foi tratada. Neste caso quando ela entra na compulsão por comida ou doces, ela entra em um ciclo de satisfação versus culpa. Pois sente o conforto momentâneo, para na sequência se sentir culpada por ter comido.
Note que esta mulher fica emaranhada na dor da vida a dois, na questão da alimentação e nas dores da mulher ferida.
E tudo isto pode ter começado durante a sua gestação, na primeira infância ou até mesmo na adolescência. Como disse acima, cada caso tem a sua própria história e precisa ser acompanhado de perto, para intervenção, elaboração e cura.
Caso queira vou te mostrar alguns caminhos para atuar diretamente na causa.
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Adriana Mantana
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